25 de julho de 2020

Doce Criatura

A noite sempre me traz reflexões.
Penso, falo comigo mesma.
Discuto sobre vários assuntos, na mesa redonda dentro da minha cabeça.
O que fazer?
Onde estarei?
Aqui estou e do amanhã, quem vai saber?
As criaturas que rondam minhas noites 
me conhecem muito bem.
Nada vai mudar 
E nada poderá levar minha sensatez - Não desta vez.
Doce criatura, anjo perdido assim como eu.
Culpas e mágoas não existem mais.
Apenas um aceno tranquilo, de quem anseia a paz.
Bem vindo ao nosso apocalipse!
Inferno é onde as almas inquietas estão, e digo com propriedade:
O inferno é aqui.
Meu paraíso é um sorriso, um olhar, um gesto.
uma palavra, uma ligação.
Uma carta! Um E-mail! Até sinal de fumaça, bizarro bizarro!
Estranhos, loucos, selvagens, livres!
Caminho em minhas próprias terras,
Depois de ver o amanhecer,
Nós, criaturas da noite, viemos a nos recolher.



18 de julho de 2020

Areia de Ampulheta

Escorre pelas minhas mãos o tempo
E sem jeito, me aproximo.
com um olhar, olhar tímido. 
De quem não sabe por onde começar
uma conversa com quem tinha tanto assunto
Através das observações noturnas,
Do que vejo, do que passa
transformo todo sentimento e passa
passa aquela vontade de falar com você
Primeiro, porque não vai me responder
Você não tem respostas para as minhas perguntas
Pelo contrário: Você me fez questionar ainda mais a vida.
E onde está a saída?
Se meus escapes são traduzidos em palavras soltas que terão significado um dia.
Tanto fez, Tanto faz.
Perto estou de quem está tão longe
Horas passam em seu ritmo normal,
Horas voam para essa insone.