21 de junho de 2011

Constante

Constante

 As taças tilintalariam sem parar.As batidas vindas do alto sempre iriam tocar..
A madrugada,se faria na embriaguez dos amados.Se cai,em mim se apoia.
Na queda um ao outro o abraço consola.
Da renda branca ao bordado cristal,uma a uma se vai desfazendo por inteiro.Um fino tecido é minha alegria.De cuidado ao delicado,que nenhum desgate venha a ter.
A ilusão precisa se fazer verdade,ao menos uma vez na vida dos homens.
E se verdade for,que dela não se separe.
O céu é espetáculo,Azul..Azul.. De ti o vejo transformar.
É carmim,É púrpuro.
Toda a paixão eu poderia ver através do véu que do teu rosto faz esboço.
O sim seria certeza,a vida teria aquele sentido.
Mágico,Pulsivo.
E o passado tempo seria luz de fundo em meio as velhas fotografias,de um romance traçado antes do mundo.

20 de junho de 2011

Introdução sobre o Engano


Introdução sobre o Engano

    A pele.Teu toque deveria ser delicado.O rosto na pedra esculpida.Ouça como ele canta.
Sua respiração deveria ser acelerada.Mas quando junto á mim estás,porque me sinto só?
Ouçam ! Ouçam como Ele canta !

   Pude ouvir alguém gritando.Lá fora essa escuridão não me dá pistas.Agora eu vejo,como levamos nossas vidas.Onde o amor se liberta?Como a volta,cheia de surpresas e novidades.Já não pago preço algum,porque nada vale a pena.O amor é como uma fina linha azul correndo através do tempo.É comparado aos crepúsculos.O amor vem,dá beleza ao torno da vida,mas é passageiro,e quem sabe amanhã não surge novamente,mais belo,mais vivo.
Onde está,esse.ele,aquele?Quem seria ! Pretendia flores,uma carta eterna..rapte-me!Pretendia estar longe...
  Não me permita falar.Me cale com um beijo e se faça silêncio como a mais doce canção.Me tome para si e de mim faça a tua fonte perdição !Mas nunca irá chegar...
  Irritação,impaciência.Seria um dia como outro qualquer.Eu não sei parar de lembrar,Não vou parar de lamentar. De não ter prolongado isto.E vou me lançando ao mar,sendo puxada pela fragilidade,tendo,vendo as forças desfeitas em fumaças.A demora, a ancia, é o que me faz a fúria.
Perceber a nitidez da realidade através de suas palavras cuidadosamente pronunciadas era o desejo desse meu coração atordoado.Perdoa-me.Criar laços deveria ser tão fácil.É como um utensílio:Faça o uso,tens garantia de vida útil o tempo que quiser.Veneno! Veneno ! Me tire daqui ! Súplica ! Súplica !
Minha música é amor e eu precisava levar-te esse mensagem...

12 de junho de 2011


Timor Leste

Olhaí os lírios..Não trabalham,nem fiam.Porém nenhum dos reis,como eles se vestiam..!
Uma rosa,a rosa!Não precisa nada além de suas cores para fascínio de quem as vê.
Quem não se enfeita com o ouro,e da vaidade é escravo?
Quem não possui muitos bens,e da ganância se torna alvo?
Tenho observado toda graciosidade das estrelas.Pequenos pontos de luz que a noite revela,
Gradioso Deus, que deste beleza á elas !
Fazeis de tudo o que é bom,valioso.Assim como os grandes amores.
Não lhe é preciso riquezas,Não lhe é preciso a fama.
Pois para Deus elas não tem valores.
Guardai,tudo que lhe for valioso.Assim como um diário repleto de segredos.
Não lhe é preciso mentira,Não lhe é preciso falsidade.
Pois para Deus,o amor é o que nos torna felicidade.

Graffia


Graffia

Uma canção,falava sobre a origem da vida,sobre o ódio no coração dos homens,sobre a luz perante  a escuridão.
Uma certa história,dizia sobre as maravilhas do universo,da ambição do mundo,sobre o amor como salvação.
Um homem mostrava indiferença á tudo,sobre teu semblante era sutil,sobre tua verdade era imundo.
Estava ali. debaixo da cerejeira.Páginas e páginas de uma vida nas linhas daquele rosto.
Mesmo com o tempo,o desgate..Dos olhares intensos,não poderia competir com o que já foi traçado.
A mentira,o plano, tão bem formulado !Embora a disciplina,a rebeldia daquela metade era maior,era maior e me tomava.
Os argumentos faziam das acusações tão tolas.Um golpe,uma lâmina afiada.E uma dor que pairava sobre mim.
Esquecer seria solução perfeita.se a cada lembrança tão fortemente disparasse o coração.Como pode,no engano,me fazer tão feliz?
Eu estive ali,debaixo da cerejeira,longo foi o tempo,e frio carregava meu medo,Junto ao vento,cheio de sonhos, fugi.

2 de junho de 2011

Canteiros

Canteiros

Dormir e acordar com pensamentos em um estranho..Não consigo me acostumar á maneira inquieta e perturbadora com que me faz desejá-lo inadvertidamente,de todas as maneiras possíveis sem qualquer permissão.
Encontro evidências de que Ele não necessita da minha presença.
Ainda sim,desistir do desconhecido que a tanto busquei,seria erro.
Poderia estar a cometer erro maior,se não lutasse eu pelas mínimas chances que se apresentam.
É como se perder em meio a total e avassaladora intensidade.De querer,querer apoderar-se daquilo que o destino estabeleceu em tormento para com minha razão.
Tumultuosos pensamentos,em teu claro dia em teu negror da noite.
Apareceste, e então eu vi.
Vi todo o medo nos olhos de quem a tanto temi.
Estenderam-se minhas mãos á procura do teu corpo.Oh céus impiedosos!
Teus abraços calorosos me tomaram em absoluto ardor.
Caíste diante mim,tamanho fora desespero,
Por fim viestes a morrer de amor.






Escrito por : A.R.V ♥